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Contrair dívidas em seu nome, ou no nome da empresa, é um dos grandes medos de todo brasileiro. Entre os principais prejuízos ocasionados pelo endividamento estão a perda de credibilidade no mercado, a dificuldade em obter financiamentos e fazer parcerias, o estresse e a diminuição da produtividade, entre outros.

Contudo, o endividamento é uma realidade comum entre os empreendedores quando as finanças não são organizadas de forma eficiente e a economia vive um período longo de crise ou instabilidade. 

Em um artigo disponível aqui em nosso blog, nós ensinamos 5 estratégias que podem tirar sua empresa do endividamento.

A seguir, abordaremos um pouco mais esse assunto, mostrando que, mesmo sem dinheiro na conta, a renegociação de dívidas é uma alternativa que pode salvar seu negócio. 

Dívida ou inadimplência: entenda sua situação 

Estar endividado e inadimplente são realidades muito diferentes. Uma pessoa (ou empresa) não é considerada endividada quando suas dívidas estão há menos de 90 dias em aberto. 

Nesse período, a classificação é de inadimplente, porque, na maior parte das vezes, a possibilidade de renegociação de dívidas e quitação desses valores é alta. Após esse prazo, o CPF ou CNPJ será cadastrado nas agências de crédito, e as consequências começam.

o especialista em finanças Hugo Roth afirma que “quanto mais inadimplentes nós ficamos, mais reduzido fica o score de crédito. A sua chance de renegociar ou de obter outros créditos no mercado são reduzidas, a gente passa a perder condições de renegociar prazos, de renegociar condições com nossos fornecedores”.

Ele ainda completa: “O estresse financeiro gerado por dívidas ou inadimplências reduz a nossa produtividade em cerca de 30%. Com certeza você, como funcionário da sua empresa, quer ter o melhor desempenho, então tome cuidado para que as finanças não sejam um fator de preocupação e reduzam sua capacidade de trabalhar.”  

Em outras palavras, sempre que uma situação de inadimplência for identificada, é fundamental agir o mais rápido possível para evitar os prejuízos como queda da produtividade e diminuição das chances de renegociação de dívidas, aumentando a possibilidade de devolver a saúde financeira à empresa. 

Estou endividado! Como facilitar a renegociação de dívidas?

Nesse ponto, você já é capaz de analisar a situação financeira do seu negócio para saber se deixou de ser inadimplente para se tornar endividado. Se é no segundo cenário em que você se enquadra, calma! A renegociação de dívidas pode ser um pouco mais difícil, principalmente se você não tem dinheiro no momento, ainda assim ela não é impossível. Os passos a seguir podem ajudar.

1. Liste todas as dívidas do seu negócio 

Pegue todos os dados financeiros da sua empresa e faça uma lista para descobrir o valor total da sua dívida. Lembre-se de incluir todos os valores em aberto, sejam eles de cartão de crédito, boletos, empréstimos, contas básicas, tudo. 

2. Organize as finanças da empresa

Organização e gestão financeira são essenciais para controlar as finanças e servir de apoio na hora de tomar decisões importantes. Se você ainda não tem um controle eficiente das finanças do seu negócio, esse é o momento de começar. A partir dos dados levantados, é possível descobrir quais gastos podem ser reduzidos sem prejudicar o negócio. 

Nesse ponto, vale analisar sua lista de fornecedores para tentar uma negociação que seja benéfica para sua empresa ou até mesmo trocar de parceiros para tentar economizar. Além disso, você pode criar estratégias para conseguir mais dinheiro, como buscar um novo espaço físico que cobre um aluguel menor, vender bens materiais, fazer uma promoção relâmpago para vender mais, entre outros.

Depois de todas essas análises, você consegue ter uma ideia de quanto sobrará por mês para buscar uma renegociação ou uma nova linha de crédito que cubra suas dívidas, mas que não ultrapasse o limite mensal disponível para isso. Além disso, você junta um bom valor, que será muito útil na hora da negociação.

3. Crie uma proposta de renegociação

Após conhecer a real situação das suas dívidas e identificar um valor mensal que será gasto para fazer a quitação, é hora de buscar seus credores para solicitar a renegociação de dívidas. Esteja preparado com todos os seus dados e o planejamento de quitação que você criou após se organizar financeiramente. Quanto mais realista ele for, mais chances de sua solicitação ser atendida.

4. Negocie as condições de pagamento

Se você levantou um bom dinheiro após a venda de bens e a diminuição de gastos, pode usar esse valor como estratégia de renegociação de dívidas. Muitas vezes, com um pagamento à vista, mesmo que seja menor do que o valor total, os credores liquidam o restante da dívida. Contudo, se esse cenário não for possível, use o valor levantado para reduzir a dívida e parcele o restante em mensalidades que estejam dentro da sua realidade. 

Nunca se esqueça de considerar os juros e as condições de pagamento para evitar o efeito bola de neve e complicar ainda mais a situação financeira da sua empresa. 

5. Participe de feirões online  

De tempos em tempos, as duas principais agências de crédito do país, SPC e Serasa, criam eventos de negociação de dívidas nos quais os participantes recebem condições especiais para quitar suas dívidas, como ampliação do parcelamento, redução do valor final, entre outros. 


Fonte: www.sebraeseunegocio.com.br